ATLETA TRANSPLANTADA DO DF IRÁ COMPETIR NA AUSTRÁLIA

Esporte Amador

Aos 50 anos, a maratonista Maria Alice Oliveira vai participar dos jogos de uma série mundial de competições destinadas a atletas transplantados 

A atleta brasiliense Maria Alice Oliveira, de 50 anos, enfrentou uma cirrose hepática, recebeu transplante de fígado e vai levar o nome de Brasília para outro continente.A maratonista vai participar dos jogos da World Transplant Games Federation (WTGF) –  série mundial de competições destinadas a atletas transplantados –, em Perth, na Austrália, entre os dias 15 e 21 deste mês.

Professora aposentada, Maria Alice, moradora do Gama e mãe de dois filhos, tem hepatite autoimune e conta que a doença acabou evoluindo para uma cirrose hepática, diagnosticada em 2007. Em 2013, ela foi submetida a um transplante de fígado e, após passar por todo o processo, decidiu tornar-se corredora. Desde então, participa de maratonas e corridas no DF, no Brasil e agora, no mundo. 

“Recebi minha nova vida”, conta. “Não estou curada: o transplante é um tratamento que deu muito certo pra mim”. Em 2014, um ano após o transplante, ela começou a participar de corridas de rua no DF a convite de um amigo. “Não parei mais”. Com mais de 200 competições no currículo, Maria Alice faz parte da Liga de Atletas Transplantados do Brasil. 

O despertar para as corridas profissionais veio após a conquista da medalha de ouro nos Jogos Brasileiros para Transplantados, em setembro de 2022, em Curitiba (PR). Daí em diante, vieram o quinto lugar da categoria na Copa Centro-Oeste de Atletismo Master, em Brasília; o primeiro lugar nos Jogos Brasileiros para Transplantados, em Curitiba; o troféu especial na Night Run Cidade Ocidental (GO) e o reconhecimento obtido na Corrida Volta do Lago Cidade Ocidental (GO), entre outras conquistas.

Os jogos

A World Transplant Games Federation (WTGF) receberá mais de 3 mil atletas transplantados, que ficarão juntos por uma semana. Os jogos são abertos a todos os que receberam transplantes de coração, pulmão, fígado, rim, pâncreas, células-tronco e medula óssea. 

Esta é a terceira vez que as competições da categoria ocorrem na Austrália – os jogos anteriores foram realizados na capital do país, Sydney, em 1997, e em Gold Coast, em 2009. Promovida a cada dois anos, a competição ajuda a divulgar a importância da doação de órgãos, além de incentivar os receptores de transplantes a terem uma vida ativa e saudável.

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